quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Desabafos.

 Sei aquilo que te faz bem, aquilo que lhe convém, e cada data que marcou sua vida.
 Sei dos teus segredos mais profundos, dos teus poucos anseios, dos teus menores ainda medos.
 Já quis que você não me soltasse de seu abraço, que seu carinho em meu cabelo durasse dias, e que eu pudesse te olhar mais uma vez.
 Sei da tua alma, da tua mente, do teu corpo, teus limites, tuas vontades, teu ser único.
 Te amo há tempos, e sei que vou te amar ainda mais.
 Mas, estou fingindo que não ligo, que não me importo com este sentimento, que passou, e que posso fazer piada com ele.
 Se for pra sempre, vai ser pra mim.
 Por que você me vê transparente, e mesmo assim, insiste em fechar os olhos ao que vê, eu não quero luxos, só quero você perto, só quero seu abraço, só um tempo de nós.
 Não quero nós em um relacionamento sério pra mudar status nas redes sociais, quero nós que partilhamos nossos dias, nossas batalhas e toda nossa amizade.
 Quero nós melhores amigos, como era ontem, como é hoje, e como sei que vai ser.
 Já quis que você me esperasse no altar, hoje só quero que você venha me visitar, passe um tempo comigo e dê valor ao que construímos nestes anos, um amor puro, de amigo, de irmãos, de amor por amor. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Curiosidade;

 Não resistiu, teve que ir além.
 Ela era realmente teimosa, e decidida e quando punha uma coisa na mente, não tinha o que tirasse.
 E quem disse que sempre acertava nas decisões e escolhas?
 Comprou a passagem, curtiu a viagem, preparou e coração e não é que deu tudo errado?
 Seus planos viu cair no chão a sua frente, e este chão tremia feito terremoto.
 Respirou, rezou.
 Criou novos planos, talvez não os aproveitou como deveria pois sua mente não estava ali.
 E hoje, não quer mais tomar decisões precipitadas, acho que serviu a lição. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cotidiano.

Era automático.
 Ele levantava toda manhã e tomava banho, escovava os dentes e mastigava algo no caminho pro trabalho, acordar de verdade, só depois das onze.
 Fazia o mesmo caminho, andando, passava pelos mesmos lugares que nunca mudavam.Tinha a mesma rotina no trabalho, via as mesmas pessoas, nada mudava. Reclamava do trabalho, como todos. Ia pra escola e reclamava dos professores, como todos.
 Só que numa destas manhãs tudo começou diferente. O chuveiro estava sem água, se obrigou a sair sem seu banho, a rua que sempre subiu estava em obras, ele não percebeu e deu um belo de um tropeção. 
 Depois de cair, ergueu os olhos e viu que nunca tinha reparado no lugar em que vivia. Era lindo e inspirador.
 Foi trabalhar mais animado, como nunca tinha feito. 
 Viu que ele tinha potencial pra muitas coisas, e depois daquilo começou a se questionar sobre o que ele era no mundo.
 Até o momento nada.
 Mas, depois da queda, entendeu que tinha que se levantar pra própria vida.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estreia. Com um pouco de história.

Pessoas, um pouco de histórias, contos, poemas e afins desta minha mente agitada.
Já que é pra escrever que estou aqui, vamos começar.

 Desde a última ligação já se passavam doze horas, e ele não sabia se ela tinha feito uma boa viagem. Tinha programado um dia todo pra este encontro de início de férias, fazia tanto tempo que não se viam.
 Ela chegou com um sorriso simples e encantador, ele a abraçou e não sabia por onde começar tudo o que tinha ensaiado pra falar, mas não precisou, logo começaram uma conversa sem pé nem cabeça que se estendeu até a porta de saída do aeroporto. 
 Chegando na porta se olharam e começaram a rir, não tinham ideia de pra onde iriam, nenhum plano dos feitos pareciam caber ali. Estavam no mesmo lugar que se conheceram anos antes, em um esbarrão. Então, deram as mãos, olharam-se, se beijaram e foram caminhando rumo a pousada que iriam ficar.
 Mais tarde depois de tudo organizado, foram dar uma volta pela pequena cidade, aquela cheia das lembranças de momentos já vividos, e compartilhados.
 E sem um rumo certo, sem um porque simplesmente andaram até anoitecer, e continuaram andando até cansarem, sentarem e se observarem por um tempo sem fim.
 Podia ser a última vez que se veriam, os planos sempre os distanciavam, então viveram aquele dia como se fosse o último. Mas, como nenhum plano valia mais do que a sensação de paz interior, ambos decidiram que todos os dias seriam como o último, e pra sempre estariam juntos.
 E assim, naquela pequena cidade começaram o seu pra sempre. E assim foi, até que o último suspiro os separou.

 Pessoal, até breve, não prometo pontualidade, contos bem feitos ou coisas do tipo, mas deixo que o coração fale, por isso, aqui os entrego palavras.